Lidar com produtos químicos é complexo e a segurança no ambiente de trabalho se torna ainda mais essencial. A exposição inadequada a essas substâncias pode resultar em acidentes graves, comprometendo a saúde dos colaboradores e a integridade da empresa.
Para mitigar esses riscos, a Norma Regulamentadora nº 26 (NR-26) estabelece diretrizes claras sobre a sinalização e identificação de químicos, promovendo um ambiente laboral mais seguro e consciente. Assim, saiba mais sobre isso.
Qual é a NR que regulamenta produtos químicos no ambiente de trabalho?
A NR-26 é a norma responsável por regulamentar a identificação de químicos perigosos no ambiente de trabalho, estabelecendo critérios claros de sinalização e rotulagem.
Ela tem papel essencial na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, orientando empresas sobre como comunicar os riscos presentes nas substâncias químicas utilizadas em suas atividades.
A partir de sua atualização em 2011, a norma passou a incorporar o Sistema Globalmente Harmonizado (GHS), tornando as classificações e rotulagens mais padronizadas e compreensíveis.
Isso permitiu, assim, uma comunicação mais eficaz sobre os perigos químicos tanto para trabalhadores quanto para gestores de segurança.
A sinalização correta é essencial, mas também é apenas parte da prevenção. Então, ela precisa estar acompanhada de treinamentos, EPIs adequados e uma cultura de segurança sólida na empresa.
Em muitos casos, um erro de comunicação no rótulo ou uma ausência de símbolo pode ser o estopim de um acidente grave.
Portanto, compreender profundamente a NR-26 e sua aplicação prática é indispensável para garantir a integridade física da equipe e evitar implicações legais para a organização. Desse modo, veja abaixo os principais objetivos da NR-26:
- Estabelecer critérios para rotulagem de produtos perigosos;
- Garantir a compreensão dos riscos por meio da padronização do GHS;
- Promover a sinalização de segurança com uso de cores;
- Reduzir acidentes com substâncias químicas por meio da informação clara;
- Assegurar a responsabilidade compartilhada entre empresa e fornecedores.
Quais são os principais objetivos da NR-26?
A NR-26 busca, acima de tudo, proteger vidas. Desse modo, sua função vai além de normas técnicas: ela representa um compromisso ético das empresas com seus colaboradores. Quando bem aplicada, evita acidentes fatais, contaminações e passivos trabalhistas.

Qual a abrangência da NR-26 nas empresas?
Essa norma é aplicável a todos os ambientes onde haja a manipulação, o armazenamento ou o transporte de produtos químicos. Ou seja, ela atinge desde grandes indústrias até pequenos laboratórios ou serviços de limpeza.
Como a NR-26 classifica os produtos químicos?
A classificação dos produtos químicos pela NR-26 se baseia nos critérios do Sistema Globalmente Harmonizado (GHS), que padroniza os perigos físicos, à saúde humana e ao meio ambiente.
Essa padronização facilita a comunicação e evita interpretações erradas dos riscos envolvidos. Então, na prática, o GHS divide os produtos em categorias como inflamáveis, tóxicos, corrosivos, entre outros.
Cada uma dessas categorias possui símbolos específicos, frases de advertência e instruções de segurança que devem constar nos rótulos e fichas técnicas.
Essa classificação é fundamental não apenas para a rotulagem, mas também para o planejamento de armazenamento seguro, escolha de EPIs e definição de procedimentos de emergência. Portanto, ignorar esse processo coloca toda a cadeia de segurança em risco.
É, além disso, comum que trabalhadores não saibam o que significam os símbolos nas embalagens. Assim, um produto inflamável, por exemplo, pode parecer inofensivo a olho nu, mas seu manuseio incorreto pode causar incêndios graves.
O que é o Sistema Globalmente Harmonizado (GHS)?
O GHS é uma iniciativa internacional da ONU para padronizar mundialmente a classificação e comunicação de perigos de substâncias químicas. Dessa forma, ele define critérios de rotulagem e símbolos universais para facilitar a compreensão.
Quais são as categorias de riscos dos produtos químicos?
As categorias incluem riscos físicos (como inflamabilidade e explosividade), riscos à saúde (como toxicidade aguda ou sensibilização respiratória) e riscos ambientais (como poluição aquática). Cada tipo requer uma abordagem específica de controle.
Como deve ser feita a rotulagem preventiva de produtos químicos?
A rotulagem dos produtos químicos deve seguir os padrões do GHS e conter informações claras e visíveis sobre os perigos da substância. Então, isso inclui pictogramas de risco, palavras de advertência e frases de precaução, permitindo a identificação imediata do tipo de perigo.
A rotulagem deve, além disso, estar em português e visível na embalagem. Ela precisa ser durável, especialmente em ambientes úmidos ou com exposição a produtos corrosivos.
Muitas vezes, a negligência nesse ponto pode resultar em interpretações erradas e acidentes graves. Além disso, outro ponto importante é diferenciar produtos perigosos dos não perigosos.
A rotulagem simplificada deve seguir uma lógica que mantenha a clareza, sem causar alarme indevido. Em resumo, esse equilíbrio é essencial para manter a atenção dos colaboradores no que realmente oferece risco.
Quais informações são obrigatórias nos rótulos?
Os rótulos devem conter: nome do produto, identificação do fabricante, pictogramas de perigo, palavra de advertência (como “perigo” ou “atenção”), frases de risco e recomendações de segurança. Tudo isso em português e com boa visibilidade.
Produtos não perigosos também devem ser rotulados?
Embora com informações simplificadas. Afinal, isso evita confusão com produtos perigosos e permite o rastreamento em caso de auditorias ou incidentes.
Como deve ser feito o treinamento da equipe que lida com produtos químicos?
O treinamento da equipe é um dos pilares da segurança no manuseio de produtos químicos. Ele deve ser contínuo, atualizado e adaptado à realidade operacional da empresa, abordando desde a identificação de riscos até procedimentos de emergência.
Uma equipe bem treinada age com mais segurança, sabe interpretar os rótulos, utiliza os EPIs corretamente e responde melhor em crises. Assim, isso evita erros por desconhecimento, que são extremamente comuns em ambientes industriais e laboratoriais.
O conteúdo do treinamento deve ser validado por um profissional de segurança do trabalho e incluir práticas simuladas, o que ajuda na fixação do conteúdo e aumenta a confiança dos trabalhadores.
O que o treinamento deve abordar?
- Interpretação de rótulos e FISPQ;
- Uso e manutenção de EPIs;
- Procedimentos em caso de vazamentos e incêndios;
- Armazenamento e descarte adequado de produtos químicos;
- Comunicação de acidentes e incidentes.
Qual é a frequência ideal para esse treinamento?
Recomenda-se a realização semestral, ou sempre que houver mudanças nos produtos químicos utilizados ou substituição de colaboradores. Ainda mais, treinamentos de reciclagem devem reforçar os pontos críticos da NR-26.
O que mais saber sobre produtos químicos no trabalho?
Veja outras dúvidas sobre o tema.
Quais são os principais objetivos da NR-26?
A NR-26 visa estabelecer medidas para a sinalização de segurança e a identificação de químicos perigosos nos locais de trabalho, com o intuito de prevenir acidentes e, ainda mais, proteger a saúde dos trabalhadores.
O que é o Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) mencionado na NR-26?
O GHS é um sistema internacional que padroniza a classificação e a rotulagem de químicos, facilitando, então, a comunicação dos perigos associados a essas substâncias.
Todos os produtos químicos precisam de rotulagem preventiva?
Aqueles classificados como perigosos requerem rotulagem detalhada conforme o GHS, enquanto os não perigosos devem ter rotulagem simplificada.
Quem é responsável por fornecer a FISPQ?
O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional é responsável por elaborar e disponibilizar a Ficha com Dados de Segurança do Produto Químico (FISPQ) para cada produto classificado como perigoso.
Quais são as consequências para a empresa que não cumpre a NR-26?
O descumprimento da NR-26 pode resultar em multas, interdições e outras penalidades legais, além de aumentar o risco de acidentes e doenças ocupacionais entre os trabalhadores.
Resumo desse artigo sobre produtos químicos
- A NR-26 é a norma que regulamenta a identificação e sinalização de produtos químicos perigosos;
- Ela adota o GHS, padronizando a classificação de riscos físicos, à saúde e ambientais;
- Rótulos e FISPQ são documentos obrigatórios e essenciais para prevenir acidentes;
- Treinamentos frequentes e o uso correto de EPIs são fundamentais para a proteção da equipe;
- O descumprimento da NR-26 pode gerar riscos à saúde e penalidades legais graves para a empresa.