4 perigos da eletricidade estática no trabalho e como evitá-los

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Descobrir os riscos ocultos da eletricidade estática no ambiente de trabalho é essencial para garantir a segurança de todos. Embora invisível, a carga estática acumulada em superfícies e pessoas pode gerar choque elétrico inesperado, incêndios ou até explosões. 

Além disso, componentes eletrônicos sensíveis correm o risco de falhas graves, comprometendo processos produtivos. 

Neste artigo, apresentamos os quatro principais perigos dessa eletricidade no trabalho e detalhamos como medi-las, controlá-las por engenharia e implantar boas práticas que eliminem esses riscos.

O que é eletricidade estática e por que ocorre?

Eletricidade estática é o acúmulo de cargas elétricas em superfícies isolantes por atrito, separação ou contato elétrico irregular. 

Além disso, surge quando elétrons migram entre materiais diferentes ao se tocarem e se afastarem, deixando excesso de cargas em um dos corpos. 

Portanto, ambientes secos e com baixa umidade favorecem sua formação, tornando-se um desafio em diversas indústrias. Por fim, a estática busca se neutralizar por meio de descargas repentinas quando encontra caminho condutor.

Para entender melhor, considere estes pontos-chave:

  • carga gerada pelo atrito entre materiais;
  • acúmulo em superfícies isolantes;
  • influência de temperatura e umidade;
  • tendência a descarregar quando contato condutor ocorre.

Definição e princípios básicos

A eletricidade estática envolve distribuição desigual de elétrons em materiais isolantes, criando tensão elétrica até que a descarga ocorra. 

Essa tensão pode alcançar centenas de volts em situações cotidianas, como simples atritos em roupas sintéticas. Ademais, o fenômeno é passageiro, mas suas consequências podem ser graves em locais sensíveis.

Causas comuns em ambientes de trabalho

Em fábricas têxteis, equipamentos giratórios e esteiras transportadoras geram estática constante. Nestes locais, o movimento de plásticos e borrachas aumenta a probabilidade de acúmulo de carga. 

Por conseguinte, operar sem controle pode resultar em incidentes que interrompem processos e colocam a segurança em risco.

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Eletricidade estática ocorre quando cargas elétricas se acumulam em superfícies devido a atrito ou contato.

Qual o perigo de choques elétricos por eletricidade estática?

Choques inesperados geram desconforto e podem provocar reações de susto que levam a quedas ou acidentes com máquinas. Em locais com equipamentos de precisão, um simples estalo pode fazer o operador soltar instrumentos cortantes ou derrubar cargas. 

Além disso, choques frequentes aumentam o estresse no ambiente de trabalho, prejudicando a concentração. Portanto, reduzir a intensidade das descargas é essencial para preservar o bem-estar físico e mental dos colaboradores.

Efeitos no corpo humano

Descargas de baixa intensidade podem causar dor aguda localizada e reflexos involuntários. Já choques de maior tensão potencial causam contrações musculares involuntárias, elevando o risco de choque secundário em contato com peças metálicas. 

Por outro lado, trabalhadores em setores sensíveis relatam ansiedade e medo de operar máquinas após episódios de eletricidade estática.

Exemplos de incidentes no trabalho

Em usinas de montagem eletrônica, operadores soltaram componentes valiosos ao serem surpreendidos por pequenos choques. Em depósitos de materiais plásticos, quedas de funcionários ocorreram ao se afastarem abruptamente de carregadeiras. 

Esses casos demonstram que, embora não letal, a estática pode desestruturar processos e gerar lesões indiretas graves.

Como a eletricidade estática pode causar incêndios e explosões?

Descargas eletrostáticas podem atuar como centelha em atmosferas com vapores inflamáveis ou nuvens de poeira, iniciando incêndios ou explosões. 

Na presença de solventes ou pós-combustíveis, até faíscas de baixa energia são suficientes para inflamar a mistura. Ademais, ambientes climatizados com concentração de poeiras se tornam especialmente vulneráveis. 

Por esse motivo, indústrias químicas e petroquímicas devem adotar controles rigorosos de estática.

Condições necessárias para ignição

Para ocorrer ignição, é preciso mistura ar-combustível na proporção certa, fonte de ignição estática e confinamento parcial do local. 

Normalmente, atmosferas explosivas se formam em silos de grãos e tanques de combustíveis. Consequentemente, áreas classificadas requerem procedimentos específicos de aterramento e ventilação.

Setores mais vulneráveis

Fábricas de tintas, armazenagem de pós-alimentícios e refinarias de petróleo apresentam alto risco. Além disso, transportadoras de líquidos inflamáveis em tanques metálicos são suscetíveis a descargas ao carregar ou descarregar. 

Essas operações demandam o uso de cintos de aterramento, pisos condutivos e procedimentos de neutralização de carga antes do início dos trabalhos.

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Choques fracos causam dor pontual, já os fortes travam os músculos e podem levar a novos acidentes se a pessoa cair sobre objetos metálicos.

De que forma a eletricidade estática danifica equipamentos eletrônicos?

Descargas eletrostáticas (ESD) destroem ou degradam componentes microeletrônicos, levando a falhas intermitentes ou permanentes. Mesmo sem percepção humana, tensões altas podem romper camadas de óxido em circuitos integrados. 

Além disso, danos silenciosos reduzem a confiabilidade de produtos, afetando a produtividade e aumentando custos de retrabalho. 

Portanto, centros de produção de dispositivos eletrônicos devem controlar rigidamente a umidade relativa e usar superfícies antiestáticas.

Descargas eletrostáticas em componentes sensíveis

Memórias, processadores e circuitos de alta densidade possuem limiares de tolerância abaixo de 100 volts. Ao ultrapassar esse nível, ocorre deslocamento de portadores elétricos que danificam trilhas e junções semicondutoras. 

Por consequência, aparelhos montados podem apresentar mau funcionamento meses após a fabricação, gerando garantia e recall.

Impactos na produtividade e custos

Falhas em linha de montagem forçam paralisações para inspeção e substituição de componentes danificados. 

Além disso, descartes de lotes inteiros por contaminação estática elevam custos de matéria-prima e mão de obra. 

A longo prazo, reputação da empresa sofre queda se clientes encontrarem defeitos nos produtos.

Como a eletricidade estática contamina produtos e processos?

Cargas estáticas atraem poeiras, fibras têxteis e partículas, gerando contaminação superficial de produtos. Em indústrias farmacêuticas, isso resulta em falhas de limpeza, esterilização e rejeição de lotes. 

Por outro lado, em alimentos embalados, partículas aderentes comprometem a qualidade e a segurança alimentar. Assim, práticas de controle da estática incluem vestuário apropriado e limpeza de superfícies.

Aderência de partículas e defeitos de limpeza

Cargas eletrostáticas fazem com que o pó se fixe em superfícies de vidro e aço inox, dificultando limpeza. Em sala limpa, até microrganismos podem aderir a equipamentos, ameaçando validações de processos.

Consequências em indústrias farmacêuticas e alimentícias

Medicamentos expostos a poeiras podem ter dosagem alterada, comprometendo eficácia. No setor alimentício, contaminação visualmente imperceptível gera recalls caros e danos à confiança do consumidor.

Como medir e monitorar a eletricidade estática no trabalho?

Monitorar a estática é possível com medidores de campo eletrostático e monitores de ionização, que indicam níveis de tensão em superfícies e no ar. 

Ao instalar alarmes ajustáveis, equipes recebem alerta antes que a carga atinja patamares críticos. Consequentemente, é possível agir preventivamente com ionizadores ou ajustes de umidade.

Instrumentos de medição e alarmes

Medidores portáteis de contato e sem contato fornecem leituras instantâneas de volts estaticamente acumulados. Alarmes fixos em áreas de risco podem ser configurados para disparar quando ultrapassam 100 volts.

Análise de áreas críticas

Mapear zonas de alto atrito e verificar pontos quentes de estática permite planejar instalação de sistemas de barreamento. Essas análises ajudam a priorizar ações de correção, evitando investimentos em locais já estáveis.

Quais controles de engenharia previnem riscos de estática?

Sistemas de aterramento e equipotencialização transferem cargas para a terra, impedindo acúmulo em máquinas e operadores. Além disso, o uso de ionizadores ativos ou passivos neutraliza íons no ambiente, mantendo equilíbrio elétrico. 

Essas soluções de engenharia devem ser integradas a pisos condutivos e mobiliário antiestático.

Aterramento e equipotencialização

Conectar estruturas metálicas e bancadas a malhas de terra reduz diferenças de potencial entre superfícies. Cabos de baixa resistência garantem fluxo de carga estática de forma controlada.

Uso de ionizadores

Os ionizadores emitem pares de íons positivos e negativos, compensando desequilíbrios.

Ionizadores ativos versus passivos

Ionizadores ativos utilizam ventiladores para dispersar íons, cobrindo grandes áreas. Já os passivos contam com placas carregadas que atraem partículas e neutralizam estática localmente.

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Use medidores eletrostáticos e ionizadores para controlar a estática em superfícies e no ambiente.

Quais boas práticas e treinamentos evitam acidentes com estática?

Implementar procedimentos operacionais padrão (POPs) para uso de EPIs antiestáticos e instruir equipes sobre manuseio seguro são fundamentais. Além disso, exercícios práticos de aterramento antes de iniciar atividades reduzem esquecimentos. 

Ao promover cultura de segurança, trabalhadores passam a relatar riscos e sugerir melhorias.

Vestuário e EPIs antiestáticos

Botas e pulseiras condutivas conectam o corpo à terra, prevenindo acúmulo de carga. Roupas de fibra carbonizada dissipam estática sem sacrificar conforto.

Procedimentos operacionais padrão e capacitação

Treinamentos regulares ensinam medição de carga e resposta a alarmes de estática. Simulações de cenários críticos reforçam respostas rápidas, reduzindo tempo de exposição a riscos.

O que mais saber sobre eletricidade estática?

A seguir, confira as principais dúvidas sobre o assunto, como porque ocorre a eletricidade estática.

O que é eletricidade estática e como ela se forma?

Eletricidade estática é o acúmulo de cargas elétricas em superfícies isolantes por atrito ou separação de materiais. Quando dois corpos entram em contato e se separam, elétrons migram de um para o outro, gerando desequilíbrio que se manifesta como tensão até ocorrer descarga.

Quais setores de trabalho são mais afetados pela eletricidade estática?

Indústrias químicas, petrolíferas e de combustíveis, assim como fábricas de eletrônicos e salas limpas, sofrem mais com estática. Nesses ambientes, vapores inflamáveis ou componentes sensíveis tornam qualquer faísca potencialmente desastrosa.

Como a eletricidade estática pode provocar explosões?

Quando há carga suficiente e presença de ambiente inflamável, como nuvens de poeira de papel ou vapores de solventes, a descarga estática pode fornecer energia para inflamar a mistura, iniciando fogo ou explosão em segundos.

Quais equipamentos ajudam a dissipar cargas estáticas?

Aterramento por cabos condutivos e malhas, pisos e calçados condutivos, além de ionizadores que neutralizam íons no ar, são fundamentais. Escolher ionizadores ativos ou passivos depende do volume e da sensibilidade do processo.

Como treinar funcionários para lidar com riscos de eletricidade estática?

Programas de capacitação devem incluir demonstrações práticas de medição de tensão, uso correto de EPIs antiestáticos e simulações de emergência. 

O que a eletricidade estática pode causar?

A eletricidade estática pode causar pequenos choques, danificar componentes eletrônicos sensíveis e até provocar incêndios em ambientes inflamáveis

Resumo deste artigo sobre eletricidade estática

Por fim, confira os principais tópicos do artigo.

  • eletricidade estática surge por atrito em materiais isolantes e busca descargas repentinas;
  • choques estáticos causam sustos, quedas e interrupções de operações sensíveis;
  • faíscas estáticas podem gerar incêndios ou explosões em ambientes inflamáveis;
  • descargas danificam componentes eletrônicos, aumentando retrabalho e custos;
  • controle efetivo envolve medição, aterramento, ionizadores e EPIs adequados.
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