A correta gestão de resíduos perigosos é um dos pilares mais importantes para garantir a segurança no ambiente de trabalho e proteger o meio ambiente. Então, este guia visa oferecer uma visão completa sobre como fazer isso de maneira segura.
O que são resíduos perigosos e como identificá-los?
São materiais que, devido às suas propriedades químicas, físicas ou biológicas, podem causar danos ao meio ambiente ou à saúde humana. Assim, no ambiente de trabalho, esses resíduos podem surgir de:
- processos industriais;
- manutenção de equipamentos;
- uso de produtos químicos em setores variados, como saúde, construção e metalúrgica.
Exemplos comuns de resíduos perigosos:
- solventes industriais: utilizados em limpeza e desengraxe, altamente inflamáveis e tóxicos;
- óleos lubrificantes usados: resíduos de manutenção de máquinas;
- pilhas e baterias: contêm metais pesados como cádmio, chumbo e mercúrio;
- resíduos hospitalares: materiais contaminados, como seringas e produtos biológicos;
- tintas e vernizes: produtos inflamáveis com alta toxicidade.
Classificação dos resíduos perigosos segundo a NR-25
A NR-25 (Norma Regulamentadora 25) define os critérios para a classificação e manejo dos resíduos perigosos. Dessa forma, eles são classificados como Classe I, e exigem cuidados rigorosos em seu armazenamento, transporte e descarte.
Segundo essa norma, resíduos como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias e poeiras devem ser identificados, segregados e, além disso, tratados de forma adequada.
Quais os impactos da má gestão de resíduos perigosos?
O manejo inadequado pode causar contaminação do solo e da água, além de emissões tóxicas na atmosfera.
Produtos químicos perigosos descartados sem controle em aterros inadequados podem penetrar no solo e, ainda mais, atingir lençóis freáticos.
Com isso, contaminam fontes de água potável. Além disso, o descarte incorreto de substâncias inflamáveis ou tóxicas pode resultar em acidentes ambientais graves.
Riscos para a saúde dos trabalhadores
A má gestão desses resíduos também apresenta sérios riscos à saúde dos trabalhadores expostos. Afinal, o contato direto com substâncias tóxicas pode causar queimaduras, irritações na pele, problemas respiratórios e, em casos mais graves, intoxicações crônicas.
Essas últimas afetam órgãos como fígado e rins. Assim, a exposição prolongada a vapores tóxicos, por exemplo, pode resultar em doenças respiratórias crônicas como asma ocupacional e, em casos extremos, câncer.
Como implementar um plano de gestão de resíduos perigosos?
A implementação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Perigosos (PGRP) é essencial para qualquer empresa que lide com esse tipo de material.
O objetivo do plano é garantir que todos os resíduos sejam manuseados, armazenados e descartados de forma segura e conforme a legislação. Portanto, para criar um plano eficaz, é necessário seguir as seguintes etapas.
- Identificação dos resíduos: classificar os tipos de resíduos perigosos gerados pela empresa;
- Segregação: separar os perigosos de outros resíduos para evitar contaminação cruzada;
- Armazenamento temporário: longe de fontes de calor ou materiais inflamáveis;
- Transporte: usar transportadores certificados;
- Destinação final: garantir que os resíduos sejam enviados a locais licenciados para tratamento.
Melhores práticas e legislação vigente
Para garantir a conformidade com a legislação, o plano de gestão de resíduos deve estar alinhado com normas como a NR-25 e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
A PNRS estabelece, portanto, a responsabilidade compartilhada entre empresas e poder público para garantir a logística reversa de materiais perigosos e promover a coleta seletiva.
Quais as boas práticas no armazenamento de resíduos perigosos?
O armazenamento adequado é uma parte fundamental do gerenciamento eficaz. Então, para isso, é necessário que os resíduos sejam acondicionados em recipientes resistentes, devidamente lacrados e rotulados com as informações de perigo e conteúdo químico.
Esses recipientes devem ser mantidos em áreas designadas, longe de fontes de calor e umidade, e em locais ventilados para, assim, evitar a acumulação de gases tóxicos.
Logística reversa e seu papel na sustentabilidade
A logística reversa é uma estratégia que permite o retorno de materiais perigosos aos fabricantes ou centros especializados para tratamento adequado.
A PNRS exige, portanto, que setores como o de eletrônicos, baterias e produtos químicos implementem sistemas de logística reversa. Tudo para garantir o retorno seguro desses produtos ao ciclo de reaproveitamento ou descarte correto.
A empresa Super SIPAT pode ajudar, já que é referência no assunto e tem uma boa estrutura. Além disso, oferece muitas opções de palestras interativas.
Quais as outras perguntas sobre resíduos perigosos?
Confira outras dúvidas sobre o tema.
O que são resíduos perigosos?
São resíduos que podem causar danos ao meio ambiente ou à saúde humana devido às suas características tóxicas, inflamáveis, corrosivas ou reativas.
Quais são as responsabilidades das empresas na gestão de resíduos perigosos?
As empresas devem garantir a correta classificação, segregação, armazenamento e, além disso, destinação final dos resíduos perigosos. Tudo, então, conforme a legislação vigente, como a NR-25.
Quais são os principais riscos de uma má gestão de resíduos perigosos?
A má gestão pode resultar em contaminação ambiental, poluição do solo e água, além de riscos à saúde dos trabalhadores, como intoxicação e, ainda mais, queimaduras.
Como implementar um plano de gestão de resíduos perigosos?
O plano deve incluir a identificação dos resíduos gerados, segregação adequada, armazenamento seguro, transporte por empresas certificadas e, além disso, destinação final em locais licenciados.
O que é logística reversa e como ela funciona com resíduos perigosos?
A logística reversa garante que os resíduos retornem aos fabricantes ou locais especializados para reciclagem ou descarte. Assim, promove a sustentabilidade e segurança ambiental.
