As crises convulsivas representam episódios de atividade elétrica anormal no cérebro, levando a movimentos corporais involuntários e perda de consciência. No ambiente de trabalho, a ocorrência dessas crises pode gerar emergências.
Elas exigem conhecimento e preparo dos colaboradores para uma resposta adequada. Assim, a SIPAT surge como uma oportunidade crucial para disseminar informações sobre primeiros socorros, capacitando os funcionários a agir de maneira eficaz e segura.
O que são crises convulsivas e como elas se manifestam?
São episódios de atividade elétrica anormal no cérebro que causam contrações involuntárias dos músculos, perda de consciência ou alterações no comportamento.
Elas podem ocorrer de forma isolada ou serem um sintoma de condições neurológicas, como a epilepsia. Então, no ambiente de trabalho, entender como lidar com uma crise convulsiva pode ser essencial para garantir a segurança do colaborador afetado.
As crises podem variar em intensidade e duração, mas duram normalmente entre um e três minutos. Caso ultrapassem cinco minutos ou ocorram repetidamente sem recuperação completa entre os episódios, é necessário procurar atendimento médico imediatamente.
Definição de crises convulsivas
Uma crise convulsiva ocorre quando há uma descarga elétrica anormal e excessiva no cérebro, resultando em movimentos involuntários, perda de consciência ou confusão mental.
Nem todas as crises envolvem convulsões visíveis, pois alguns tipos afetam apenas a percepção e o comportamento momentaneamente.
Principais sintomas observados durante uma crise
Os sintomas de uma crise convulsiva podem variar conforme o tipo, mas incluem:
- Movimentos involuntários e espasmos musculares;
- Perda de consciência ou confusão temporária;
- Rigidez corporal seguida de tremores;
- Mordida na língua e salivação excessiva;
- Olhar fixo e ausência de resposta momentânea;
- Sensações anormais antes da crise, conhecidas como aura.
Quais são os tipos de crises convulsivas mais comuns?
Elas podem ser classificadas conforme a parte do cérebro afetada e o comportamento do indivíduo durante o episódio. Então, entre os tipos mais comuns, destacam-se as crises tônico-clônicas generalizadas, crises de ausência e crises parciais simples e complexas.
Crises tônico-clônicas generalizadas
Também conhecidas como grande mal, as crises tônico-clônicas generalizadas envolvem o cérebro inteiro e se caracterizam por dois estágios distintos:
- fase tônica: ocorre rigidez muscular repentina, geralmente acompanhada pela perda de consciência;
- fase clônica: surgem os espasmos musculares repetitivos, além da possibilidade de salivação intensa e mordida da língua.
Esse tipo de crise é o mais dramático e pode ser assustador para quem presencia, mas geralmente dura menos de três minutos.
Crises de ausência
As crises de ausência, também chamadas de pequeno mal, são episódios curtos em que a pessoa fica com um olhar fixo e parece “desligada” do ambiente.
Esses episódios duram poucos segundos e podem passar despercebidos, especialmente no ambiente de trabalho. No entanto, embora não causem quedas ou movimentos bruscos, podem comprometer a atenção e a produtividade.
Crises parciais simples e complexas
As crises parciais envolvem apenas uma parte do cérebro e podem ser classificadas como simples e complexas.
Nas simples, a pessoa permanece consciente, mas pode sentir formigamentos, contrações musculares localizadas ou alterações na percepção sensorial.
Já nas complexas, há alteração da consciência e comportamentos involuntários, como movimentos repetitivos ou confusão temporária.
Essas crises podem evoluir para crises generalizadas se a atividade elétrica anormal se espalhar pelo cérebro.
O que pode causar crises convulsivas no ambiente de trabalho?
Muitas condições podem desencadear uma crise convulsiva, incluindo doenças neurológicas, abuso de substâncias e fatores ambientais. No local de trabalho, alguns gatilhos podem aumentar o risco de um colaborador com predisposição sofrer uma crise.
Fatores desencadeantes relacionados ao estresse ocupacional
O estresse ocupacional é um fator importante na saúde neurológica e pode desencadear crises convulsivas em pessoas predispostas.
Situações de grande pressão, prazos curtos e turnos exaustivos aumentam a liberação de cortisol no organismo, o que pode, portanto, afetar o funcionamento cerebral.
A privação do sono, comum em profissionais que trabalham em escalas irregulares, pode ser um dos principais gatilhos para crises convulsivas. Desse modo, o descanso inadequado compromete a atividade elétrica do cérebro, aumentando a chance de crises.
Influência de condições médicas preexistentes
Pessoas que possuem epilepsia, histórico de traumatismo craniano ou doenças neurológicas podem apresentar maior predisposição a desenvolver crises convulsivas. Ainda mais, outros fatores podem contribuir para a ocorrência das crises:
- Uso irregular de medicação anticonvulsivante;
- Desidratação e hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no sangue);
- Exposição a luzes intermitentes, como telas e refletores;
- Consumo excessivo de álcool ou cafeína.
No ambiente de trabalho, é essencial que gestores e colaboradores estejam atentos a esses fatores para prevenir episódios e agir corretamente caso uma crise ocorra.

Como realizar os primeiros socorros em casos de crises convulsivas?
Durante um episódio, o corpo perde o controle dos movimentos, podendo causar quedas ou impactos contra objetos próximos. Portanto, seguir os primeiros socorros, como proteger a pessoa, faz toda a diferença para minimizar riscos e garantir um atendimento adequado.
Passos essenciais para auxiliar uma pessoa durante uma crise
Durante uma crise convulsiva, a principal prioridade é proteger a pessoa e evitar que ela se machuque. Assim, os primeiros socorros devem ser realizados com calma e seguindo um protocolo adequado.
Manter a calma e assegurar a segurança do indivíduo
É essencial manter a tranquilidade e afastar objetos ao redor que possam oferecer riscos, como móveis pontiagudos, cadeiras e itens frágeis. Ainda mais, se possível, posicionar a pessoa no chão em um local seguro para evitar quedas e impactos.
Não tentar imobilizar a pessoa ou inserir objetos na boca
Um erro comum durante crises convulsivas é tentar segurar os movimentos da pessoa ou colocar objetos na boca para evitar que ela engula a língua. Isso pode causar ferimentos graves e até mesmo asfixia.
Posicionar a pessoa de lado após a crise para facilitar a respiração
Após a crise, é importante colocar a pessoa de lado para evitar que saliva ou vômito obstruam as vias respiratórias. Além disso, permanecer próximo até que ela recupere a consciência completamente garante um atendimento adequado.
Como a SIPAT pode contribuir para a prevenção e manejo de crises convulsivas?
A SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) é uma oportunidade essencial para capacitar os colaboradores sobre primeiros socorros e conscientizar sobre o impacto das crises convulsivas no ambiente profissional.
Importância de palestras educativas sobre primeiros socorros
A realização de palestras sobre crises convulsivas pode:
- desmistificar informações erradas sobre o tema;
- ensinar como agir corretamente em casos de emergência;
- reduzir o medo e promover um ambiente mais seguro para todos.
Treinamentos práticos para os colaboradores
Além da parte teórica, a SIPAT pode incluir simulações práticas para que os funcionários aprendam a agir com mais confiança. Então, esses treinamentos podem abranger:
- Técnicas corretas de primeiros socorros;
- Demonstrações de atendimento a uma pessoa em crise convulsiva;
- Simulação de situações reais no ambiente de trabalho.
Desenvolvimento de protocolos internos de emergência
Cada empresa pode desenvolver protocolos internos específicos para lidar com crises convulsivas. Dessa forma, esses procedimentos devem incluir:
- Designação de funcionários treinados para oferecer suporte imediato;
- Definição de pontos de atendimento em casos de emergência;
- Treinamento contínuo para toda a equipe.
O que mais saber sobre crises convulsivas?
Veja outras dúvidas sobre o tema.
Qual a diferença entre uma crise convulsiva e uma crise epiléptica?
Nem todas as crises convulsivas são epilépticas; a epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por crises recorrentes.
Uma pessoa pode engolir a língua durante uma convulsão?
Isso é um mito. No entanto, tentar manipular a boca da pessoa pode causar lesões.
Quanto tempo dura, em média, uma crise convulsiva?
Geralmente, entre 1 a 3 minutos. Assim, crises mais longas requerem atenção médica imediata.
É possível prever uma crise convulsiva?
Algumas pessoas relatam sensações prévias, como aura, mas nem sempre é possível prever uma crise.
Após a crise, a pessoa pode retornar às atividades normais imediatamente?
É recomendado um período de descanso e avaliação médica antes de retomar as atividades.