O mapa de riscos surgiu para reduzir acidentes e ter mais segurança no trabalho. Assim, desde o início dos anos 90, no Brasil, faz parte da NR 5. Ou seja, o intuito é diminuir prejuízos, de vidas humanas e financeiros, de forma estratégica em 2025.
O que é esse mapa?
Resume-se em criar gráficos que mostram os possíveis riscos à vida em cada setor. Desse modo, por meio de cores específicas, é possível apontar os agentes de perigos:
- Físicos (vermelhor): ruídos, radiação, calor ou frio (extremo);
- Químicos (verde): poeiras minerais, fumos metálicos;
- Biológicos (marrom): bactérias, vírus, parasitas;
- Ergonômicos (amarelo): postura incorreta, jornada longa;
- De acidentes (azul): máquinas sem proteção, pouca luz.
Círculos que expõem o tamanho do risco também devem constar nesse gráfico. Dessa forma, a extensão do aro indica o tipo de perigo, por exemplo, se é pequeno, médio ou grande.
O agente mapeador
A CIPA, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, junto ao SESMT, Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, guiarão o processo. Além disso, a equipe de cada setor pode ajudar com dicas na criação do mapa.
Vale lembrar que empresas de pequeno porte, sem essas comissões, também podem fazer parte. Assim, nesse caso, basta nomear uma pessoa com domínio técnico do tema.
Quais são as etapas da criação de um mapa de riscos eficaz?
É importante conhecer o espaço geral da empresa e como ele se divide por setores. Todavia, caso não haja uma planta, um desenho simples ou croqui serve à tarefa. Mais crucial do que cumprir uma norma é elaborar um mapa de prevenção efetivo.
A partir daí, é preciso entender os processos da sessão, materiais de trabalho e mapear o local. Além disso, a visão das pessoas do setor sobre o risco é muito válida para esse processo.
Local do mapa e momento de refazê-lo
Após criar, deve-se fixá-lo em local visível a todos os servidores do local. Dessa forma, a altura ideal é cerca de 1,20 metros do chão, onde haja um grande fluxo de pessoas.
É crucial atualizar o mapa sempre que houver alguma mudança de layout na seção. Assim como, com o tempo e novas reuniões, acrescentar novos perigos que surjam no dia a dia.
Quais são os benefícios do mapa de riscos para a empresa e funcionários?
O custo com planos de saúde e faltas por acidentes de trabalho causam grandes prejuízos. Desse modo, reduzir esse tipo de gasto é a melhor forma de lucrar mais. Logo, com o uso do mapa é possível evitar danos à saúde dos servidores, como:
- Perda da audição por ruídos em excesso;
- Câncer devido à radiação sem EPI correto;
- Mudanças no sono e vida social por jornadas longas.
A falta desses gráficos também pode gerar sérias multas por infração às leis do trabalho. Então, é essencial que a empresa esteja atenta às suas obrigações legais para não ter problemas.
Vantagens do mapa de riscos a longo prazo
Toda instituição é feita de seres humanos que estão por trás de cada etapa. Dessa forma, mapear riscos alcança aspectos e traz benefícios além dos números. Assim, investir em segurança garante à empresa ganhos que vão além do dinheiro, coisas como:
- Mais empenho dos funcionários;
- Maior ligação entre os membros equipe;
- Motivação por sentir que faz parte de algo.
Com uma equipe mais saudável, unida e motivada, os rendimentos melhoram para todos. Nesse sentido, é o tipo de investimento cujos resultados vêm com o tempo.
Empresas que investem em mapear riscos
Atualmente, todas as empresas devem criar esse tipo de gráfico. Todavia, para além da obrigação, algumas grandes instituições entenderam o poder dele e usam sempre.
A prevenção de acidentes que pode ser feita hoje é algo que nunca existiu antes. Dessa forma, o mapeamento é feito com base no que deu certo e salvou vidas. Portanto, investir nesse ramo, além de correto, pode ser a trilha para o sucesso.
Existem exemplos práticos de mapas de riscos em diferentes setores?
Sim, afinal, essa é uma ferramenta crucial em diversos setores, adaptando-se às particularidades de cada ambiente de trabalho.
Na indústria
Eles são amplamente utilizados para identificar e gerenciar perigos associados a máquinas, substâncias químicas e operações perigosas. Então, esses mapas frequentemente destacam áreas com alto risco de acidentes.
Fábricas com maquinário pesado, e riscos químicos, como exposição a substâncias tóxicas são exemplos disso.
Principais riscos na indústria:
- mecânicos: máquinas e equipamentos em movimento;
- químicos: produtos tóxicos e inflamáveis;
- ergonômicos: movimentos repetitivos e levantamento de peso.
No setor de saúde
Esses mapas são essenciais para proteger tanto os trabalhadores quanto os pacientes. Dessa forma, eles destacam áreas de risco biológico, como laboratórios e salas de cirurgia. Afinal, neles, há alta probabilidade de exposição a agentes infecciosos.
Principais riscos no setor de saúde:
- biológicos: vírus, bactérias e outros agentes patogênicos;
- químicos: produtos de limpeza e desinfetantes;
- ergonômicos: movimentação de pacientes e longos períodos em pé.
Em escritórios
Embora os escritórios possam parecer ambientes seguros, também existem riscos que devem ser mapeados. Então, esses incluem riscos ergonômicos devido ao uso prolongado de computadores e riscos elétricos provenientes de equipamentos eletrônicos.
Principais riscos em escritórios:
- ergonômicos: má postura, uso inadequado de mobiliário;
- elétricos: sobrecarga de tomadas e mau uso de cabos;
- psicossociais: estresse e pressão no trabalho.
Como interpretar as informações de uns mapas de riscos?
Entender as cores e os tamanhos dos círculos no mapa é, portanto, o primeiro passo para avaliar os riscos corretamente.
Cores e seus significados
As cores são usadas para indicar diferentes tipos de perigos:
- vermelho: riscos físicos, como incêndios e explosões;
- amarelo: riscos químicos, como produtos tóxicos e corrosivos;
- verde: riscos ergonômicos, relacionados ao ambiente de trabalho;
- azul: riscos biológicos, incluindo bactérias e vírus;
- marrom: riscos físicos, como iluminação inadequada e ruído.
A importância do tamanho dos círculos
O tamanho dos círculos no mapa de riscos indica a magnitude do perigo. Assim, círculos maiores representam riscos mais significativos que requerem atenção imediata
Os círculos menores, no entanto, indicam riscos de menor impacto, mas que ainda precisam ser monitorados.
Qual a legislação e normas relacionadas aos mapas de riscos?
A mais conhecida é a Norma Regulamentadora NR-5. Dessa forma, ela trata da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e a criação do mapa de riscos.
NR-5 e sua aplicação prática
A NR-5 exige que todas as empresas com CIPA criem e mantenham atualizado o mapa de riscos. Então, este mapa deve ser elaborado com a participação dos trabalhadores, identificando, assim, todos os riscos presentes no ambiente de trabalho.
Atualizações recentes na legislação
Nos últimos anos, houve atualizações na legislação que buscam aumentar a eficácia dos mapas de riscos. Dessa forma, estas mudanças incluem incorporar novas tecnologias e, ainda mais, a exigência de maior detalhamento nos mapas.
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Perguntas frequentes sobre mapas de riscos – FAQs
Veja as dúvidas mais famosas sobre esse tema.
Como os mapas de riscos contribuem para a prevenção de acidentes?
Eles identificam e visualizam perigos, permitindo, assim, a implementação de medidas preventivas.
Quais são as cores mais comuns em um mapa de riscos e seus significados?
Vermelho para riscos físicos, amarelo para químicos, verde para ergonômicos, azul para biológicos e marrom para físicos.
A NR-5 se aplica a todas as empresas?
Todas as empresas com CIPA devem seguir a NR-5, incluindo a criação de um mapa de riscos.
Como as empresas devem atualizar o mapa de riscos?
O mapa deve ser revisado periodicamente, em particular após mudanças no ambiente de trabalho.
Quais tecnologias podem ser usadas para criar mapas de riscos?
Softwares de gestão de riscos e ferramentas digitais especializadas em segurança do trabalho.